Sindicato participa de ato nacional para denunciar fechamento de agências e sobrecarga de jornada, exigindo dignidade para os trabalhadores
Trabalhadores bancários de Marília e Ourinhos aderiram nesta terça-feira, dia 8 de julho, ao ato nacional contra as demissões e a precarização do ambiente de trabalho nas agências do Itaú Unibanco. A mobilização, que ganhou força em diversas cidades do Brasil, teve como objetivo expor a situação de pressão e sobrecarga enfrentada pelos funcionários da instituição bancária. Conforme observou Edilson Julian, presidente do Sindicato dos Bancários de Marília e Região, nos últimos meses, Itaú tem intensificado a cobrança por metas, resultando em sobrecarga de jornada e adoecimento de milhares de trabalhadores.
O movimento sindical, que incluiu a participação ativa dos dirigentes sindicais de Marília e Ourinhos, consistiu na distribuição de panfletos nas agências do Itaú, tanto na Capital paulista quanto no Interior. Os materiais denunciavam o comportamento inadequado do banco no trato de seus colaboradores, ressaltando o descaso com a saúde e a segurança dos bancários. Essa ação reforça a unidade da categoria frente às práticas que, segundo os sindicatos, desrespeitam os direitos trabalhistas.
Os manifestos distribuídos hoje na região de Marília, que circularam em âmbito nacional, destacam a preocupação com o fechamento de agências e realocações compulsórias. Nos últimos meses, 120 unidades foram fechadas e mais de 55 estão em fase de fechamento até agosto, o que impacta diretamente idosos e aposentados. Além disso, a publicação “ItaUnido”, também distribuída, aponta para o “Lucro Bilionário, Fechamento de Agências e Pressão Sobre os Trabalhadores”, revelando que, apesar de um lucro líquido de R$ 11,1 bilhões no primeiro trimestre de 2025, o banco tem promovido uma onda de demissões e “metas abusivas e falsa realocação”.
“As condições de trabalho no Itaú Unibanco são preocupantes, com muita pressão e falta de consideração da instituição com os seus próprios bancários. Somos contra o fechamento de agências e isso realmente vem ocorrendo de forma intensa no Itaú Unibanco nos últimos meses”, afirmou o presidente Edilson Julian. Os materiais ressaltam que o lucro bilionário não condiz com o desrespeito aos trabalhadores, o que inclui o aumento de afastamentos por doenças psíquicas e a demissão de quem tem boa atuação.
A luta, conforme apontou o Sindicato dos Bancários de Marília e Região, é por um movimento que garanta o fim das metas abusivas e demissões, contratação de mais trabalhadores, reabertura de agências essenciais, segurança e dignidade para quem trabalha. “O Sindicato dos Bancários de Marília e Região, que recentemente sediou a conferência interestadual dos bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul, reafirma com este importante ato o seu compromisso em lutar por condições de trabalho mais justas e pelo reconhecimento dos bancários”, concluiu Julian.


























