Pesquisa conduzida pela Unesp revela que a prática regular de atividade física melhora a saúde cardiovascular e a qualidade de vida, sem a necessidade de reposição hormonal
Uma pesquisa liderada por cientistas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), com o apoio de outras instituições, entre elas a Universidade de Marília, Unimar, confirma os benefícios do exercício físico para mulheres na pós-menopausa. O estudo, publicado na revista científica Maturitas, com fator de impacto 3.9, demonstra que um programa de treinamento bem estruturado pode reduzir a pressão arterial, diminuir a frequência cardíaca de repouso e aliviar os fogachos. Os resultados foram divulgados pelo pesquisador responsável, professor e doutor Vitor Engracia Valenti, de Marília, interior de São Paulo, por meio de sua rede social no Instagram, onde ele compartilhou os principais achados da pesquisa, na qual também participou da escrita.
Segundo o pesquisador, os resultados destacam que o exercício físico pode ser uma ferramenta eficaz para melhorar a qualidade de vida dessa população, sem a necessidade de terapias hormonais. “O combo poderoso é aeróbico mais resistência, feito pelo menos três vezes por semana e por 12 semanas ou mais”, ressaltou Valenti, que alerta para a necessidade de um programa de treinamento individualizado. “Nada de copiar o treino da blogueira de 22 anos. O ideal é que o exercício seja prescrito com cuidado, por profissionais, respeitando cada perfil clínico”, completou.
A pesquisa contou com a colaboração de outras instituições, como a Unimar, a Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) e a Oxford Brookes University (Reino Unido). O artigo completo, que é uma revisão narrativa sobre o impacto do exercício nos parâmetros cardiovasculares em mulheres na pós-menopausa, está disponível para consulta. Valenti brincou em sua publicação que, se a pesquisa não mudar o mundo, pelo menos justifica “as olheiras e o consumo exagerado de café”.
