Na busca pela carta sindical: presidente do Sindiomas lista os desafios de 2022
São mais de 20 mil empresas do setor em todo o Estado de São Paulo e uma crise de representatividade para superar. A batalha está no campo jurídico, mas antes que a Justiça decida, o Sindiomas – que é composto por 400 empresas – não perde mais tempo e desenvolve sua atividade como associação das escolas de idiomas, inclusive com associados em Marília e municípios vizinhos.
“Nosso maior desafio, neste momento, é conseguir provar na Justiça que o sindicato que deveria nos representar, nos prejudica e que devemos, por ser uma categoria grande e forte, ter o nosso próprio sindicato”, relata a presidente do Sindicato de Escolas de Idiomas (Sindiomas), a administradora Sirlei dos Reis.
Em entrevista ao Diário de Notícias Marília, Sirlei dos Reis ressaltou a relevância para a economia local e regional das escolas de idiomas sediadas na cidade e nos municípios do entorno. “Marília e região, por sinal, têm muitas escolas de grande importância para a economia”, garantiu. Os esforços da entidade estão concentrados na busca pela obtenção da carta sindical, o que conferiria o direito de representar as escolas em questões trabalhistas e assuntos patronais.
Antes, um dos embates mais complexos foi encontrar saídas viáveis por situações geradas pelo isolamento imposto em razão da pandemia de covid-19. Período definido como ‘dificílimo’ pela presidente Sirlei dos Reis. “Em poucas semanas vimos nossos alunos pedirem suspensão de pagamentos, cancelamentos de cursos numa proporção nunca antes vista. Muitas escolas conseguiram se reorganizar pra aulas online, mas isso chocou os alunos, afastou os que não tinham perfil para essa modalidade, as plataformas começaram a dar muitos problemas, enfim, tudo contribuiu para que a situação se tornasse caótica”, resumiu.
Vencida esta fase e com quase um ano de adaptação, as unidades de ensino de idiomas criaram capacidade de administrar aulas de qualidade, tanto no ambiente presencial, quanto no ambiente virtual, assegurou a presidente do Sindiomas. “Neste processo, muitos alunos se adaptaram bem ao online. Hoje para as escolas estão bem estruturadas, o online é uma realidade que não sairá mais do portfólio de produtos, portanto, não é bem uma questão de preferência, mas sim de atuar em conformidade com a nova realidade”.
Perspectivas
A presidente do Sindiomas apontou as perspectivas da entidade para os próximos meses, o que inclui estar à frente de negociações mais justas e coerentes, respeitando a realidade do setor. “Justamente para que o empresário possa continuar tendo condições de manter os empregos, repassar cursos com valores mais atrativos para o mercado e que as escolas possam contar com um grupo que luta pelos reais interesses da categoria”.
Sirlei dos Reis informou que a associação surgiu de uma necessidade. “No grupo nunca existiu um único empresário que aspirasse ser sindicalista, mas as constantes negociações equivocadas que o sindicato que nos representava realizava, nos forçou a iniciar esse movimento, que atualmente já conta com mais de 400 escolas”, informou.
Todos os filiados e diretores do Sindiomas são voluntários. “A proposta é seguir como voluntários, exatamente para que nunca venhamos a nos tornar um sindicato que precisa sangrar os associados para se manter. Isso está em nosso estatuto e não seja alterado com o passar dos anos. Nosso corpo diretivo é composto de empresários atuantes de várias bandeiras diferentes. Hoje não somos mais concorrentes, somos aliados, somos fortes, somos grandes e queremos gerar cada vez mais empregos”, garantiu.
Redes ou escolas de idiomas que desejarem se associar à entidade, basta acessar as redes sociais da associação, @sindiomas.sp (Instagram).