Semana de 22: centenário Berço do Modernismo, o evento revolucionou a cultura em todo Brasil

Casa Mário de Andrade

Marco inaugural do Modernismo Brasileiro, a Semana de Arte Moderna reuniu músicos, poetas, escritores, artistas plásticos e intelectuais brasileiros em um evento que buscou introduzir tendências de um novo século em todas as expressões culturais brasileiras.

Realizada entre os dias 13 e 17 de 1922 – daí vem um dos apelidos do marco histórico, também conhecido como a Semana de 22 –, a Semana de Arte Moderna ainda é objeto de estudo, reflexão e influência nos mais variados meios artísticos.

Nomes como Heitor Villa-Lobos, Graça Aranha, Di Cavalcanti. Oswald e Mario de Andrade e Victor Brecheret – todos considerados geniais e inovadores em seus campos de atuação – surgiram como expoentes da produção intelectual brasileira a partir da Semana de 22.

Os veículos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) mergulharam no encanto histórico e cultural de um dos grandes marcos da primeira geração do modernismo brasileiro e capturaram, em ampla cobertura, os ideais e acontecimentos da Semana de Arte Moderna.

Centenário da Semana de 22

O Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo, realizou projeções na fachada em homenagem ao centenário da Semana de Arte Moderna. Saiba como se deu o início da chamada revolução nas artes trazida pelo Modernismo apresentada pelo telejornal Repórter Brasil.

Centenária, mas moderna. Villa-Lobos – representante da vanguarda musical brasileira na época – reverberou em outros movimentos culturais que só nasceriam décadas depois. Grandes nomes das artes plásticas, como Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti – que participaram da Semana de 22 – ainda influenciam movimentos culturais brasileiros até hoje, é o que mostra a segunda reportagem exibida pela TV Brasil.

Mudança cultural

Revolucionária, mas também polêmica, a Semana de 22 dividiu a sociedade. Enquanto alguns celebravam a nova estética, parte da crítica e do público rejeitavam a filosofia trazida pelo movimento. Poemas, músicas, esculturas e apresentações foram vaiadas, enquanto jornais relatavam com estranheza o marco cultural.

Uma das críticas recorrentes à Semana de Arte Moderna é que o Modernismo, na verdade, já estava em curso anos antes do evento. O surgimento de ideais modernistas puramente brasileiros e livres de influências externas também abriu espaço para o nascimento do nacionalismo, do verde-amarelismo e do integralismo brasileiro – ideologias que mais tarde contrapunham a ideia inicial do movimento.

Manifesto Antropofágico

O Manifesto Antropofágico, obra de Oswald de Andrade, propunha que a cultura brasileira “devorasse” a cultura europeia para, assim como acreditavam os canibais, absorver a força e a essência do que havia de bom na arte do velho continente. O resultado seria algo puramente brasileiro, vanguardista e distante das raízes coloniais, com uma proximidade até então inédita dos povos indígenas originários das terras brasileiras.

Palco da maior expressão de efervescência cultural da história do Brasil, o Theatro Municipal de São Paulo é considerado marco simbólico do movimento modernista. Lá, foram expostas caricaturas dos grandes nomes que participaram da Semana de 22.

A Casa Mário de Andrade, onde viveu um dos principais escritores e intelectuais do Modernismo, integra a Rede de Museus-Casas Literários de São Paulo. A Casa Mário de Andrade, onde viveu um dos principais escritores e intelectuais do Modernismo, integra a Rede de Museus-Casas Literários de São Paulo. [Agência Brasil]

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