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Agosto Dourado – Café com Prosa da Gota de Leite abre espaço de conversa sobre o aleitamento materno

A abertura foi feita pela presidente da Maternidade Gota de Leite, Virgínia Ballon

Café com Prosa. A sala de reuniões da Gota de Leite virou encontro de acertos e dificuldades, de troca e orientação, em um saboroso café da tarde com aprendizado técnico e humano, que se reflete no aprimoramento constante do atendimento às parturientes e seus bebês. O evento promovido pela maternidade, dentro da programação do Agosto Dourado, que é o mês do aleitamento materno, teve duas edições e foi aberto a todos os profissionais de medicina e saúde que atuam na instituição, com participação direta do Banco de Leite Humano.

A abertura foi feita pela presidente da Maternidade Gota de Leite, Virgínia Balloni. E a direção do evento ficou a cargo das enfermeiras Carolina Rodrigues e Patrícia Gilio, que receberam aproximadamente 20 profissionais em cada uma das tardes dessa segunda e terça-feira (11 e 12 de agosto). A enfermeira responsável e coordenadora do Banco de Leite Humano de Marília, Sandra Domingues, fez uma explanação, mas se preocupou em compreender as conduções do aleitamento materno na maternidade para sanar dúvidas e fazer as sugestões necessárias.

No início da sua fala, Sandra salientou o vínculo do Banco de Leite Humano com a Maternidade, e lembrou o quanto o aleitamento materno já evoluiu na sociedade e própria Gota, acompanhando essa evolução da Saúde. “A nossa realidade, hoje, na Gota de Leite, é de uma maternidade de excelência. O que temos hoje aqui é muito raro de se encontrar no país”. E ela abriu a roda de conversa salientando que a proposta do Café com Prosa seria oportunizar esse crescimento como profissional de saúde, mas também como ser humano diante do binômio “mãe e recém-nascido”.

Por exemplo, segundo ela, dependendo da pergunta da equipe para a mãe quanto à amamentação, poderá deixá-la insegura sobre a produção do próprio leite. E, por vezes, basta um ajuste de medidas como, a contagem de fraldas de xixi e de coco do bebê para uma averiguação discreta. Uma medida simples que aponta se o leite materno está alimentando o recém-nascido. “Vocês percebem pelas colocações feitas aqui quantas dúvidas as parturientes têm? E não basta dizer o que é correto, é preciso explicar as razões do que ensinamos e de que forma isso contribui com ela e com o seu bebê”, disse Sandra. “Mas às vezes as parturientes estão tão com o nascimento do filho que não prestam tanta atenção”, observou uma participante da roda de conversa. “Por isso sugiro que as orientações incluam o acompanhante da parturiente e que ela passe pela Sala de Amamentação antes da alta para uma conversa que sintetize as orientações”, respondeu a coordenadora do Banco de Leite Humano.

A fonoaudióloga da rede municipal de Saúde, Edinalva Nascimento, que estava presente e também é consulta de Educação Permanente da Maternidade Gota de Leite, trouxe uma reflexão sobre as histórias pessoais de cada parturiente e o quanto elas influenciam na receptividade delas ao que é ensinado.
Edinalva ressaltou que essa percepção deve influenciar, portanto, na abordagem e condução das técnicas de promoção ao aleitamento materno. “Citando Paulo Freire, a gente não deve, nunca, destruir, mas sim reconstruir”, mencionou acerca da mentalidade sobre bicos artificiais, suplementações e formas de amamentação e cuidados com o bebê.

“Na maternidade, devemos fazer o que é possível fazer dentro das 48 horas da internação à alta. A pergunta que cada um deve ser fazer todos os dias é: o que é possível fazer? E se empenhar. Reconhecendo nossas dificuldades, solicitando apoio e tendo abertura para aprender, sempre, e não somente durante o Agosto Dourado”.

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