Júlio Lopes inicia uma nova etapa. Parlamentar e estrategista político se reencontram recentemente em Brasília
O deputado federal Júlio Lopes, do PP do Rio de Janeiro, e o estrategista político e consultor em comunicação corporativa Eduardo Negrão se reencontraram em Brasília, no final de março. Negrão colaborou com a campanha do parlamentar fluminense nas eleições de 2022 e na oportunidade do reencontro, o consultor parabenizou Lopes por ter assumido a presidência da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo.
Júlio Lopes inicia assim uma nova etapa repleta de desafios e oportunidades. Em seu discurso, o deputado expressou que assumir essa posição é uma das maiores honras de sua carreira política. Outro ponto de convergência é a luta do parlamentar carioca para extinguir a “ADPF das Favelas” (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 635), além de seu projeto que amplia o conceito legal de terrorismo permitindo, assim, que as facções criminosas sejam enquadradas como organizações terroristas.
“Isso sem dúvidas vai facilitar o trabalho das forças de segurança no combate e aprisionamento desses criminosos”, observou Eduardo. E já deu resultado no dia 3 deste mês o Supremo Tribunal Federal (STF) flexibilizou as diretrizes para a atuação das forças de segurança em comunidades do Rio de Janeiro, na ação conhecida como ADPF 365. Um grande avanço já que a Corte se mostra inflexível nesse quesito desde 2020.
Muito envolvido com a questão, Júlio Lopes declarou que “nesse momento, nada é mais importante para a sua, a minha e a nossa vida que a segurança de quem vive no Rio de Janeiro. Estou apresentando um projeto de lei que amplia o conceito do que é terrorismo. Afinal de contas aquilo que o Peixão – traficante que é o grande terrorista do Rio hoje – tem feito, é terrorismo sim! Atirar contra a população civil é terrorismo. Esse conceito precisa ser revisto e ampliado. E nós faremos a proposta para que assim seja feito. Outra grande questão são as armas de fogo de grande calibre, de uso restrito da Forças Militar também o seu uso e seu manuseio. Ou seja, a aplicação de penas mais duras é absolutamente necessário e assim nós o faremos”, disse.
O deputado se refere a Peixão, apelido de Álvaro Malaquias Santa Rosa, chefe do Terceiro Comando Puro (TCP), facção do tráfico que rivaliza com o Comando Vermelho (CV) nas disputas de território no Rio de Janeiro. Peixão é, hoje, um dos criminosos mais procurados do estado — jamais foi preso.
Um parlamentar combativo
Eduardo Negrão concorda com o deputado afirmando que, para destravar o gargalo da segurança pública no Rio de Janeiro, é necessária uma dose extra de coragem. “Estamos falando de cutucar um vespeiro que envolve narcotráfico, milícias, corrupção e outros poderosos contraventores. Todos esses elementos estão muito bem enraizados no tecido social fluminense. Só nos resta parabenizar o deputado Júlio Lopes e torcer para seu sucesso”, observa o analista que, apesar de paulista, espera continuar ao lado de Júlio Lopes em 2026, pois entende que sua presença na Câmara Federal é importante para o Brasil e fundamental para o Rio.
Expertise em eleições no Rio de Janeiro
Se convocado, será a terceira campanha na capital carioca do consultor político e jornalista, Eduardo Negrão. Coincidentemente em todas as ocasiões Negrão trabalhou para o Progressistas, em 1998, quando ele participou da campanha do lendário cartola vascaíno, Eurico Miranda à época do PPB (antiga denominação do Progressistas). Eurico gostou tanto do trabalho que acabou indicando Negrão para assessorar o Clube dos 13, onde ele ocupava a vaga de vice-presidente. Negrão retornou ao Rio de Janeiro em 2022 para apoiar o deputado Júlio Lopes em sua 5ª eleição à Câmara dos Deputados – curiosamente Lopes já foi vice-presidente de futebol do Flamengo e ainda integra do conselho do rubro-negro.