Consultas fonoaudiológicas são realizadas em cômodo que abrigava banheiro. Mesmo sem vaso sanitário, espaço exala mau cheiro
O atendimento clínico para crianças de Lupércio, na região de Marília, que precisam passar pela fonoaudióloga da rede municipal de ensino, vem acontecendo num cômodo que outrora era um banheiro. O espaço adaptado – já sem o vaso sanitário, mas com pia e com mau cheiro que sobe da rede de esgoto – foi constatado pelo presidente da Câmara Municipal da cidade, Gabriel Henrique Costa dos Santos, que fiscalizou a sede da Secretaria Municipal de Educação de Lupércio, que abriga o serviço público de fonoaudiologia voltado para atendimento escolar.
O vereador esteve na sede da Educação após mães e pais o procurarem para relatar a situação. Gabriel Henrique, então, se dirigiu até a sede da Secretaria – um imóvel residencial transformado em espaço institucional – e percorreu os cômodos em busca da sala de fonoaudiologia. “Realmente o que encontramos foi justamente o que os pais e mães nos relataram: um cômodo que foi sim um banheiro, e hoje serve de clínica para crianças que precisam do atendimento fonoaudiológico. Registrei tudo em vídeo e fotos. Como se vê, não há mais vaso sanitário, mas ainda persiste a pia, o lavabo e até o armarinho com espelho, ou seja, ficou evidente que ali realmente era um banheiro anteriormente”, salientou.
O presidente da Câmara Municipal de Lupércio apresentou na última sessão ordinária do Poder Legislativo requerimento cobrando explicações do prefeito, Cleber Menegucci. “Ainda não obtivemos respostas, mas pela legislação, o chefe do Poder Executivo tem até 15 dias para nos responder”, explicou o vereador. Gabriel Henrique salientou que o Município deveria assegurar tanto aos profissionais da Fonoaudiologia, quanto aos estudantes e seus pais um ambiente adequado para um atendimento clínico essencial. “Não podemos permitir que as nossas crianças continuem sendo atendidas neste ambiente, que, como constatei, é insalubre e inadequado”, concluiu.
