Localizada próximo a Marília, ponte fica na SP-333 e tem 2,4 km de extensão
A Entrevias Concessionária de Rodovias inicia a duplicação da maior ponte do Estado de São Paulo, a ponte Engenheiro Gilberto Paim Pamplona, que fica sobre o Rio Tietê e liga as cidades de Novo Horizonte e Pongaí, no centro-oeste paulista. A ponte tem 2,410 quilômetros de extensão e a duplicação será executada ao lado da estrutura atual, no sentido leste da SP-333 – Rodovia Dr. Mário Gentil, entre os quilômetros 229,960 e km 232,400, com investimento de R$ 353,9 milhões. O evento de lançamento da obra contou com a participação do governador do Estado, Tarcísio de Freitas, do diretor-presidente, José Henrique de Avila, prefeitos e deputados da região.
A nova ponte terá duas faixas de rolamento e a ponte existente receberá melhorias e será adequada para a passagem de pedestre, com iluminação para oferecer maior segurança.
Além da duplicação da ponte, a concessionária também inicia a duplicação de 52,4 quilômetros da SP-333 e implantação de seis dispositivos de acesso e retorno, entre Borborema e Pongaí, do km 212,450 até o km 245 e, em Guarantã, do km 273,160 até o km 295,485, com investimento de R$ 304 milhões. Este grande pacote de obras vai impulsionar o desenvolvimento regional, facilitar o escoamento da produção industrial e agrícola e proporcionar mais segurança, mobilidade e fluidez ao trânsito.
Toda a obra vai gerar mais de 1.000 empregos diretos e indiretos e a previsão é que ela seja concluída em dois anos. É esperado o aquecimento na economia local por causa da movimentação no comércio e pelo aumento no repasse de ISSQN. As principais cidades beneficiadas são: Pongaí, Borborema, Uru, Novo Horizonte, Itápolis, Ibitinga, Guarantã e Júlio Mesquita.
Um novo tempo, uma nova ponte
A maior ponte sobre o Rio Tietê foi inaugurada em março de 1975, passou por algumas melhorias até ter sua duplicação prevista no Programa de Concessões de Rodovias do Estado de São Paulo, em 2016. Veja os principais números da ponte:
- 2,4 km de extensão
- 15 metros de altura no vão central
- 125 metros de extensão do vão central
- 56 pilares
Para construir a nova ponte, a Entrevias irá utilizar um método construtivo em balanço sucessivo que garante a manutenção da navegação da Hidrovia Tietê-Paraná durante todo a obra. Serão utilizadas mais 3,9 mil toneladas de aço, 5 mil caminhões de concreto e mais de 3 km de estacas.
Hidrovia Tietê-Paraná
O percurso da Hidrovia Tietê-Paraná, um dos maiores sistemas hidroviários da América Latina, passa pela ponte. Essa via fluvial estratégica conecta importantes centros produtivos e polos industriais do país. De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura e Logística, a Hidrovia Tietê- Paraná movimentou, no trecho paulista, 1.103.319,75 toneladas em 2022, em 2023 foram 2.434.769,37 toneladas e, no primeiro semestre deste ano 973.975,42 toneladas. As principais cargas transportadas são: grãos, farelos, óleos vegetais, trigo, milhos, combustíveis, insumos agrícolas, fertilizantes e defensivos, madeira, celulose, entre outros.
Também foram transportados passageiros:
- 73.905 passageiros em 2022
- 88.766 em 2023
- 36.516 no primeiro semestre de 2024
Desafios ambientais
A concessionária preparou uma atuação robusta e diligente em relação aos requisitos ambientais durante as obras. A CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – emitiu a autorização e licenciamento para o início dos trabalhos e equipes da Entrevias já realizaram reuniões com as comunidades lindeiras para explicar os impactos da obra e como devem proceder durante todo o período de construção.
O método construtivo da ponte envolve a intervenção direta no rio Tietê e a utilização de veículos náuticos na obra. Diversas medidas de controle e mitigação do potencial de poluição já foram definidas pela concessionária, como: monitoramento da qualidade da água, implantação de cerca direcionadora da fauna, monitoramento da fauna silvestre e aquática, educação ambiental.