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Festival de Cinema de Marília promove cerimônia de encerramento e celebra diversidade do cinema brasileiro

A proposta da edição foi aproximar o público do cinema e criar um espaço de reflexão e celebração cultural

Marília viveu uma noite memorável no último sábado, dia 13, com a cerimônia de encerramento do Festival de Cinema de Marília 2025, realizada no Teatro Municipal. O evento reuniu cineastas, críticos, artistas e amantes da sétima arte em uma celebração marcada pela diversidade, emoção e reconhecimento de grandes obras do cinema nacional.

O grande destaque da noite foi o longa-metragem Suçuarana, de Clarissa Campolina e Sérgio Borges, que conquistou o Prêmio Curumim de Melhor Longa-metragem, a principal honraria do festival, criada em 1966. Já o curta Raposa, de Margot Leitão e João Fontenele, levou o Prêmio Curumim de Melhor Curta-metragem.

Uma edição plural e dedicada ao cinema interiorano

Com o tema dedicado ao cinema dos interiores do Brasil, a programação de 2025 reforçou a importância das produções que retratam a diversidade cultural e social de diferentes regiões do país. Durante a realização, o público teve acesso a mostras competitivas, exibições especiais, debates e encontros formativos, que possibilitaram novas formas de olhar o mundo por meio do cinema.

“O Festival de Cinema de Marília reafirma a importância de olhar para as histórias contadas fora dos grandes centros. Nossa missão é democratizar o acesso ao cinema e valorizar produções que representam a riqueza cultural do país”, destacou o cineasta Cristiano Anechini, presidente do Clube de Cinema de Marília.

A proposta da edição foi justamente aproximar o público do cinema e criar um espaço de reflexão e celebração cultural, onde cada sessão se transformou em um convite a viver experiências únicas e se emocionar com as histórias exibidas.

Homenagem a Roberto Caetano Cimino

Um dos momentos mais emocionantes da edição foi a homenagem prestada a Roberto Caetano Cimino, fundador do Clube de Cinema de Marília e figura central na vida cultural da cidade. Apaixonado pela sétima arte, Cimino foi pioneiro na difusão do cinema em Marília, incentivando jovens, promovendo debates e criando espaços de diálogo em períodos desafiadores para o setor. A homenagem destacou sua trajetória como cinéfilo dedicado e agente cultural, reafirmando o festival como um espaço de memória e resistência.

VI Encontro de Cinema do Interior Paulista (iCine)

Além da mostra competitiva, o festival contou com o VI Encontro de Cinema do Interior Paulista (iCine), parte do projeto Cinema ao Interior, promovido pelo Kino-Olho, Ministério da Cultura e Governo Federal. Com o tema “O cinema que muda, move e marca”, o encontro promoveu sessões de pitching para circulação de projetos, trocas de experiências entre profissionais e mesas de debate que discutiram os desafios e transformações do cinema brasileiro contemporâneo.

Júri oficial

O júri do Festival foi presidido por Lucas Abrahão, diretor e roteirista premiado internacionalmente e detentor de quatro Kikitos no Festival de Gramado. Também integraram o corpo de jurados:

Priscila Sales, doutora em História pela UNESP, pesquisadora e produtora cultural com atuação no fortalecimento do cinema de mulheres no interior paulista.

Rogério Borges, cineasta e pesquisador premiado em festivais como Brasília, Vitória e Goiânia, atualmente em fase de finalização de seu primeiro longa.

Ariadine Zampaulo, diretora, montadora e roteirista, cujo longa Maputo Nakuzandza foi premiado no Festival do Rio e circulou por festivais internacionais.

Sofia Tomic, atriz, roteirista e cineasta com atuação no premiado longa Sofia Foi, exibido no FID Marseille.

Um festival histórico

Criado a partir da tradição cinéfila do Clube de Cinema de Marília, fundado em 1952, o Festival se consolidou como um dos eventos culturais mais respeitados do Brasil. Ano após ano, reafirma sua vocação de ser um espaço democrático e plural, que valoriza tanto a produção nacional quanto a potência das histórias contadas em diferentes regiões do país.

A edição de 2025 reforçou essa identidade, premiando grandes obras, aproximando público e realizadores e fortalecendo a ideia de que o cinema é, antes de tudo, um instrumento de diálogo, memória e transformação social.

O Festival de Cinema de Marília 2025 é uma realização do Clube de Cinema de Marília e do Ministério da Cultura, com apoio da Política Nacional PNAB – Aldir Blanc; Prefeitura de Marília (Secretaria da Cultura e Secretaria do Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico); Produtora Cinegoria; Produtora Alumiar Filmes; O Porta Voz Assessoria de Comunicação e Eventos; Life e Intercoffee.

Mais informações sobre o Festival de Cinema de Marília podem ser obtidas em: www.festivalcinemamarilia.com.br  e  www.instagram.com/festivalcinemamarilia 

Premiações

Prêmio Especial do Clube de Cinema de Marília (eleito pelo público)

“MALU” de Pedro Freire

Prêmio Excelência no Cinema Interiorano

“O Som Alcança o Sol“ de Bruna Epiphanio

Melhor Curta-metragem pelo Júri Popular

“Arame Farpado“ de Gustavo de Carvalho

Melhor Longa-metragem pelo Júri Popular

“Pau D’arco“ de Ana Aranha

Melhor Som em curta-metragem

Felipe Mussel por “A Menina e o Pote”

Melhor Som em longa-metragem

Pablo Lamar por “Suçuarana”

Melhor Montagem em curta-metragem

Rob Lima por “Raposa”

Melhor Montagem em longa-metragem

Daniel Grinspum e Tali Yankelevich por “Pau D’arco”

Melhor Direção de Arte em curta-metragem

Germa Netto por “Linda do Rosário”

Melhor Direção de Arte em longa-metragem

Dayse Barreto por “O Último Azul”

Melhor Fotografia em curta-metragem

Luana Kawamura Demange por “Amarela”

Melhor Fotografia em longa-metragem

Ivo Lopes Araújo por “Suçuarana”

Melhor Roteiro em curta-metragem

Vladimir Seixas por “Linda do Rosário”

Melhor Roteiro em longa-metragem

Sueli Maxakali, Isael Maxakali, Roberto Romero e Luisa Lanna por “Yõg Ãtak: Meu pai, Kaiowá”

Melhor Atuação em curta-metragem

Valéria Monã por “Linda do Rosário” e João Fontenele por “Raposa”

Melhor Atuação em longa-metragem

Jamili Correa por “Manas” e Denise Weinberg por “O Último Azul”

Melhor Direção em curta-metragem

Valentina Homem e Tati Bond por “A Menina e o Pote”

Melhor Direção em longa-metragem

Gabriel Mascaro por “O Último Azul”

Menção Honrosa em curta-metragem

“Kabuki” de Tiago Minamisawa

Menção Honrosa em longa-metragem

“Pau D’arco” de Ana Aranha

Prêmio Curumim de Melhor curta-metragem

“Raposa” de Margot Leitão e João Fontenele

Prêmio Curumim de Melhor longa-metragem

“Suçuarana” de Clarissa Campolina e Sérgio Borges

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