Uso da inteligência artificial na segurança cibernética é um dos principais temas do maior evento sobre o assunto do Brasil
Com o aumento do uso de da internet cresce também número de ameaças à segurança cibernética, com ataques sofisticados com poder, recursos e alcance global sem precedentes. O Brasil figura entre os cinco países mais atacados por ataques cibernético, com uso do ransomware, que é um tipo de malware (software malicioso) que pode bloquear o acesso a um dispositivo ou criptografar os seus dados, exigindo um resgate para desbloquear ou recuperar os dados.
Em 2024, já foram registrados mais de 3,5 milhões de ataques desse tipo em todo mundo. Em abril, a Tailândia liderou o ranking de casos de ransomware com 44,1%, seguida pelos Estados Unidos (24,3%), Turquia (8,8%), Alemanha (2,7%) e Brasil (1,8%). Mas, a pesquisa, o desenvolvimento e a educação emergentes sobre temas interdisciplinares que abordam a segurança cibernética e a privacidade estão produzindo resultados promissores
E, alguns deles serão apresentados no 24º Simpósio Brasileiro em Segurança da Informação e de Sistemas Computacionais, que acontece entre os dias 16 e 19 de setembro, no Parque Tecnológico, em São José dos Campos. O principal fórum do país para divulgação de resultados de pesquisas, debates, intercâmbio de ideias e atividades relevantes ligadas à segurança da informação e de sistemas computacionais, integrando a comunidade brasileira de pesquisadores e profissionais atuantes nessa área, reúne os principais nomes da cibersergurança no Brasil, entre eles, Michele Nogueira, doutora em Ciência da Computação pela Sorbonne Université – França e Pós-doutorado na Universidade Carnegie Mellon (CMU), Pittsburgh, que dedica-se a pesquisas com o foco em criar inteligência de segurança cibernética embasada em técnicas de inteligência artificial e ciência de dados com aplicações em vários setores da sociedade.
Michele Nogueira, além de coordenar palestras e tutoriais do simpósio, vai lecionar o minicurso “Ciência de Dados Aplicada à Cibersegurança: Teoria e Prática” em conjunto com a pós-doutoranda Ligia Francielle Borges e o bolsista de iniciação científica Lucas Albano Olive Cruz da Universidade Federal de Minas Gerias (UFMG), orientando de doutorado Anderson Bergamini de Neira, da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e co-orientando Kristtopher K. Coelho, da Universidade Federal de Viçosa (UFV).
Michele Nogueira também possui aceitos para apresentação e publicação os artigos científicos “Detecção de Varreduras de Portas pela Análise Inteligente de Tráfego de Rede IoT”, desenvolvido com seus orientandos Fernando Nakayama e Uelinton Brezolin, ambos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e “Automatização da Seleção de Modelos Não Supervisionados na Predição de Ataques DDoS”, em colaboração com Matheus Henrique dos Santos Lima e Ligia Borges da Universidade Federal de Minas (UFMG) e Anderson Neira, da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
A cientista da computação Michele Nogueira
Michele Nogueira atua nas áreas de redes de computadores, segurança de redes e privacidade dos dados, e é especialista no ataque DDoS, sofrido pelo STF, pode repercutir os ataques sofridos pelas instituições. Ela tem doutorado em Ciência da Computação pela Sorbonne Université – França e Pós-doutorado na Universidade Carnegie Mellon (CMU), Pittsburgh, EUA.
É membro sênior da Association for Computing Machinery (ACM) e do Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE) em reconhecimento à sua liderança e contribuições técnicas e profissionais.
É professora associada do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e é membro permanente do programa de Pós-graduação em Ciência da Computação.
Dedica-se a pesquisas com o foco em criar inteligência de segurança cibernética embasada em técnicas de inteligência artificial e ciência de dados com aplicações em vários setores da sociedade