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Barragem rompida há três anos e meio afeta título de estância turística para Quatá

Município tem belezas naturais que agregam, mas o forte do potencial turístico é a represa reconhecida pela beleza e pela tranquilidade

Quatá, na região de Marília e a 490 quilômetros da capital do Estado, enfrenta um grande desafio para alcançar o status de estância turística: a restauração de seu balneário municipal. O forte potencial turístico do município, que reside na beleza e tranquilidade de sua represa, foi severamente impactado pelo rompimento da barragem há mais de três anos. A madrugada de 13 de março de 2022 foi marcada por chuvas torrenciais na zona rural de Quatá, com quase 300 milímetros de água, que levaram o balneário, já bem cheio e rodeado por canaviais, a transbordar.

Relatos de moradores que vivenciaram o drama indicam que a água encobriu pesqueiros e portinhos, invadindo terrenos antes que a comporta se rompesse. Este, no entanto, não foi o primeiro incidente. Em 2015, um evento semelhante já havia ocorrido, e antigos residentes mencionam outras duas ocasiões em que o espelho d’água transbordou, sendo os rompimentos de 2015 e 2022 os mais drásticos.

Próximo de completar 100 anos em 2026, Quatá corre contra o tempo para restabelecer seu balneário, ao menos em sua parte pública. O município tem investido em atividades de valorização do turismo ecológico e rural, inclusive marcando presença em eventos como a última edição da feira agropecuária de Tupã. Recentemente, a restauração do balneário municipal foi destacada como uma das obras prioritárias na audiência pública para a composição do orçamento de 2026.

Sem recursos próprios, a Prefeitura Municipal de Quatá, sob a administração de Márcio Bidó, estaria propondo um financiamento público de R$ 7 milhões para projetos de infraestrutura, incluindo a reforma do cemitério, dos quais ao menos R$ 2 milhões seriam destinados à recuperação do balneário. Apenas agora em agosto, passados três anos e meio do mais recente rompimento, máquinas e servidores públicos iniciaram trabalhos de limpeza em vários pontos do antigo leito, que permanece seco. O córrego que alimentava o corpo d’água hoje é apenas um pequeno filete, distante da imensidão que antes permitia navegação a vela, lanchas, barcos de pesca e passeios de banana-boat.

A população e os turistas aguardam ansiosamente a recuperação do balneário, pois sua restauração é crucial para que Quatá possa pleitear o tão desejado título de estância turística, a exemplo das vizinhas Tupã e Paraguaçu Paulista. A concretização desse projeto é vista como um motor para o aquecimento da economia local, com a ampliação das possibilidades de trabalho e a vinda de visitantes de todo o Estado.

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