Tido como o candidato mais rico do país em 2024, defesa do empresário que mora em Marília solicitou ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo sua volta para o país
A defesa do empresário João Henrique Pinheiro, que mora em Marília e está detido em Madri, na Espanha, desde 27 de maio deste ano, pediu ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) sua extradição ao Brasil, informou ontem o site de notícias Metrópoles, de abrangência nacional. Em reportagem escrita pelo jornalista Vinicius Passarelli, o grande veículo de comunicação informa que o pedido protocolado no último dia 2 de setembro, portanto, na semana passada, pede que Pinheiro cumpra pena de prisão em solo brasileiro no âmbito de outro processo em que ele já foi condenado por estelionato, em 2024, pela Justiça de Marília.
Em 2024, quando das eleições para Prefeitura de Marília, João Pinheiro ficou conhecido por ser o candidato mais rico do Brasil nas eleições municipais do ano passado. Ele foi preso na Espanha após ter sido incluído na lista vermelha da Interpol a pedido da Bolívia em um processo sobre um suposto caso de estelionato no país vizinho, que ainda está sendo investigado.
Neste momento, Pinheiro aguarda a extradição para a Bolívia. A defesa alega que a Justiça boliviana não cumpriu o prazo de 45 dias para o envio da documentação necessária para o processo de extradição. Mesmo assim, a Justiça da Espanha prorrogou o prazo, o que, para o advogado do empresário, configura constrangimento ilegal. A defesa argumenta também que haveria prioridade de extradição para o Brasil, uma vez que o processo na Bolívia ainda não tem condenação, diferente do caso brasileiro, em que há sentença condenatória em julgado. O Ministério Público de São Paulo (MPSP) já se posicionou de forma favorável ao pedido de extradição ao Brasil.
O Metrópoles informou que procurou a defesa do empresário, mas ela não se manifestou. Em recente reportagem, o Diário de Notícias Marília chegou a trocar mensagens com uma pessoa que respondeu mensagens enviadas para o telefone particular de João Pinheiro. Após uma série de perguntas alusivas à situação do empresário, a pessoa interlocutora restringiu suas respostas questionando o motivo da reportagem e qual interesse haveria naquele assunto, concluindo as afirmações dizendo que ‘João tem família’.