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Prestes a completar 100 anos, cidade da região de Marília tenta restaurar balneário para se tornar estância turística paulista

Fundado em há 45 anos, balneário de Quatá sofreu rompimento da barragem e há mais de 3 anos está seco

por Ramon Barbosa Franco

Quatá, 27 de agosto de 2025 – A madrugada de 13 de março de 2022 foi bem chuvosa, principalmente na zona rural de Quatá, na região de Marília, localizada a 490 quilômetros da capital do Estado. Foram quase 300 milímetros de água torrencial. A menos 20 quilômetros do perímetro urbano, o balneário municipal, rodeado pelos canaviais da principal usina do município, que já estava bem cheio, transbordou. “A água encobriu os pesqueiros e portinhos, invadiu terrenos antes da comporta se romper”, relataram as pessoas que vivenciaram o drama.

Contudo, o rompimento do balneário na tarde do domingo, 13 de março de 2022, não foi o primeiro. Antes, em 2015 algo bem semelhante havia acontecido. Antigos moradores sustentam que mais outras duas vezes o espelho d’água transbordou, mas 2015 e 2022 foram os mais drásticos. Prestes a completar 100 anos – o centenário será no próximo ano, 2026 – Quatá corre contra o tempo para restabelecer o balneário, ao menos, em parte: a pública. O município iniciou uma série de atividades para valorização do turismo ecológico e rural, inclusive participando com estande na última edição da feira agropecuária de Tupã, cidade vizinha. 

Recentemente, uma audiência pública para a composição do orçamento de 2026 trouxe a restauração do balneário municipal como uma das obras prioritárias para o próximo ano. Sem recursos próprios, a Prefeitura Municipal de Quatá, administrada por Márcio Bidóia, estaria propondo um financiamento público para incluir a restauração do balneário e outros projetos de infraestrutura, como a reforma do cemitério. Tudo ficaria na ordem de R$ 7 milhões, contudo ao menos R$ 2 milhões seriam utilizados para a restauração do principal atrativo turístico de Quatá, seu balneário.

Além do assunto ganhar dimensão em uma escuta pública, passados três anos e meio, apenas agora em agosto máquinas e servidores públicos estiveram a trabalho no balneário. Realizaram limpezas em vários pontos do antigo leito, que agora está seco.  O córrego que alimentava o corpo d’água ainda passa pelo centro do balneário, um pequeno filete d’água, ante a imensidão que permitia até navegação a vela. Nos áureos tempos, Quatá recebia lanchas, barcos de pesca e até mesmo proporcionava passeios de banana-boat aos seus visitantes. Pequenas embarcações a vela também já foram flagradas pelos banhistas, sem contar os caiaques.

População e turistas ainda aguardam a recuperação do balneário – fundado em 1980 – que, uma vez restaurado, pode ser crucial para o título de estância turística – a exemplo das cidades vizinhas de Tupã e Paraguaçu Paulista – e o aquecimento da economia da cidade, ampliando as possibilidades de trabalho com a vinda de turistas de todo o Estado.

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