Decisão considera depoimento de Maicol Salles dos Santos extrajudicial e sem validade legal. Réu permanece preso, mas defesa questiona investigações
O caso da morte da adolescente Vitória, em Cajamar, Grande São Paulo, ganhou um novo capítulo com a decisão da Justiça de anular a confissão do principal acusado, Maicol Salles dos Santos. O depoimento foi considerado extrajudicial e, portanto, sem validade legal, marcando uma reviravolta no andamento do processo. A anulação veio após o próprio acusado alegar ter sido coagido a confessar o crime sob sérias ameaças de morte, levantando questionamentos sobre a legalidade dos procedimentos iniciais de investigação.
Apesar da anulação do depoimento inicial, Maicol Salles dos Santos, que está detido desde abril, continuará preso preventivamente, após um pedido de habeas corpus ter sido negado pela Justiça. A defesa do réu, representada pelo advogado Arthur Novaes, comemorou a anulação, mas intensificou as críticas às investigações policiais, alegando que houve manipulações indevidas nos aparelhos eletrônicos do acusado dentro da delegacia, além de inconsistências nas perícias realizadas no local onde supostamente foram encontradas manchas de sangue da vítima.
Por outro lado, o advogado da família de Vitória, Fábio Costa, afirmou que a decisão judicial já era esperada, devido à falta de elementos relevantes na confissão original, e destacou que o processo se baseará em provas técnicas. O acusado aguardará o julgamento pelo júri popular, enquanto a defesa argumenta que as provas técnicas são a chave para o prosseguimento justo do processo. A prova de DNA encontrada na casa do réu foi apontada pelo representante da família como um elemento crucial para o avanço da acusação.


























